terça-feira, 12 de abril de 2011

Qual a Grossura da Nossa Aliança?

Você já reparou a grossura das alianças de casamento de nossos avós? Percebeu o tempo que durou as suas vidas a dois? A maioria ficou junto até se cumprir a palavra: “até que a morte vos separe”.
Líderes de igrejas devem estar dizendo que sou louco por entrar nesse assunto de casamento e discutir sobre o divórcio, pois assuntos complicados e controversos como estes, constantemente são ignorados ou evitados. O assunto casamento é um dos mais lindos da Bíblia Sagrada, servindo, inclusive, de analogia entre Cristo e a Igreja.

É necessário entender que o matrimônio é uma aliança, um pacto entre um homem, uma mulher e Deus. Ele reflete a própria trindade – Pai, Filho e Espírito Santo e quando nascem os filhos, o casal coopera para que a imagem de Deus se espalhe sobre a terra.
Todo pacto nos tempos antigos era selado pelo sangue. Deus, ao prometer redenção para Adão e Eva, matou um animal (derramou sangue) e fez roupas para nossos primeiros pais. Ao estabelecer seu pacto com Abraão, houve sangue de animal derramado. Por fim, o sangue do Cordeiro de Deus, Jesus, foi derramado na cruz de uma vez por todas, corroborando a eterna aliança entre o Senhor e a humanidade.
Hoje, quando realizamos um negócio, mesmo um casamento, este contrato é confirmado pela nossa rubrica, palavra esta que vem de rubro que significa vermelho, vermelho de sangue.
Quantos na igreja moderna e na sociedade atual podem ter o sangue do rompimento do hímen derramado na noite de núpcias selando o casamento? Ah, se nossos jovens soubessem a importância e o reflexo sobre a vida a dois de se casarem virgens!
Muitos desconhecem esses princípios do pacto conjugal e acabam infelizes, não formam um ambiente sagrado e têm filhos que não refletem a glória e a imagem de Deus.(No artigo “As mulheres vão me matar” abordarei a influência da mulher sobre a atual conjuntura social e familiar).
Hoje em dia casa-se apenas se isto representa um bom negócio. Nos negócios, fazem-se contratos e não há, via de regra, relacionamento pessoal, apenas conveniência. No casamento Bíblico, esse relacionamento existe e inclui a presença, a unção e o senhorio de Cristo. O casamento é mais que um contrato é um pacto entre três pessoas: você, seu cônjuge e Deus.
O matrimônio não é um pacto do homem, mas de Deus. Deus o criou, fez suas regras, projetou seus resultados. Você simplesmente adere a ele. Casamos para amar, nos realizar e nos relacionar, mas devemos nos lembrar de que Deus é testemunha desta aliança.

                                                               Ricardo Santos 
                                    advogado, pós-graduando na PUC-SP e Pastor 

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