Cuidados Com a Vida
Você sabe com quem está falando?
Você á ouviu alguém usar esta expressão? Normalmente ela está associada à questão do exercício de “poder”, quase sempre ligada a autoritarismo, uma pergunta para sufocar a outra parte. Normalmente associada a suposta
falta de respeito, reconhecimento do poder e autoridade é evocado o “autoritarismo”. De alguma maneira desejo de constranger a outra pessoa, colocá-la numa posição de inferioridade e quase insignificância.
O exercício exarcebado do poder humano. Muitas vezes no relacionamento
conjugal mesmo em nome da fé, percebemos o exercício de uma força
sufocante, que diminui o cônjuge, ou os filhos. Existe uma expressão que
define esta situação de conflito: “se você deseja conhecer um homem de a
ele poder e se quer conhecê-lo profundamente tire dele o poder”! Nossa
sociedade é competitiva e existe um grande apelo para o exercício do
poder. Talvez uma das grandes tentações dos nossos dias. A Igreja
evangélica muitas vezes reproduz isto, quando procura “distribuir”
cargos e instituir diversas “lideranças” sem muitas vezes estar ligadas
de fato as necessidades do Corpo de Cristo e o exercício dos dons e
ministérios. Ouvimos muitas orações no meio do povo de Deus pedindo:
Senhor dá-nos poder! Porem não existe nada mais temeroso do que alguém
ter poder de Deus sem o caráter de Deus. De igual forma o exercício do
poder humano precisa estar associado ao caráter de Deus. Algumas
considerações importantes para este tema. Primeiro situar que o conflito
que envolve poder esta estabelecido em todos os níveis dos nossos
relacionamentos. Comecemos pela nossa casa. Não é raro o conflito de
autoridade no relacionamento familiar. Por exemplo, foi apresentada
recentemente uma pesquisa que quem define o carro a ser comprado pela
família são os filhos adolescentes e nãos os pais. Existe conflito no
relacionamento conjugal, paternal e muitas vezes entre os irmãos. Quando
se fala então em orçamento familiar, temos uma crise estabelecida,
alguns cônjuges usam o ter mais dinheiro (ganhar mais por exemplo, ou
situação da família anterior ao casamento) para dominar o outro. Segundo
que temos conflitos na vida secular, na escola somos estimulados a ser o
melhor não importa como; depois na vida profissionais a cobrança que
existe nos leva a tentar superar os outros e no exercício da chefia,
cargos de liderança, procura dominar seus comandados. Isto pode na
verdade estar revelando um desvio de caráter e a ausência da
manifestação da graça de Deus na sua vida. Terceiro ao voltamos os
nossos olhos para a palavra de Deus quero convidar você para ler o texto
de Mateus 18.1-5; os discípulos começam uma discussão: quem é o maior
no reino dos céus? É a questão do poder humano. Jesus responde: uma
criança, na sua simplicidade e humildade de vida e coração. Em Marcos
10.35-45 é a vez de Tiago e João apresentarem um pedido especial para
Jesus: Senhor queremos na tua glória ficar um a tua direita e outro a
tua esquerda. Jesus responde que eles não sabem o que estão pedindo.
Esta é mais uma manifestação da “sedução” do poder. Não bastava o reino
de Deus como premio, era necessária a manifestação do poder humano.
Local de destaque, ser o centro das atenções. Em outra situação Jesus
recomenda especificamente que ninguém deveria se assentar nos primeiros
bancos, mas nos últimos e então o dono da festa convidaria para vir para
os lugares de honra e finaliza: aquele que deseja se exaltar será
humilhado, mas o que se humilhar será exaltado. Enfim, conflitos pela
busca do poder não é algo que possa assustar Deus. Mas com certeza fere a
comunidade de fé, as pessoas que vivem em torno de nós e muitas vezes
nossa própria família. Precisamos entender o propósito de Deus em nossas
vidas, especialmente no exercício do poder. Hoje em dia é comum um
discurso que “devemos honrar” os lideres, que eles devem sempre ter o
melhor, etc. Jesus ensinou que devemos ser servos. Em Filipenses 2.5-10
encontramos a melhor definição de como Jesus entendia a questão do
poder: Ele abriu mão de tudo, da sua gloria, do seu poder, para ser
servo, para nos dar vida e salvação. Neste momento você deve estar se
perguntando então está tudo errado? Não deve haver lideres no lar, na
comunidade, na igreja? Claro que sim. Mas nossa liderança deve estar
baseada em Efésios 4.11-16, onde encontramos a distribuição de dons e
ministérios, autoridade e poder, mas com um fim próprio: edificar o
corpo de Cristo. Ou seja, somos chamados para o “aperfeiçoamento dos
santos”, desempenho do serviço e edificação do corpo de Cristo. Isto é
ter poder e caráter de Cristo. O próprio apostolo Paulo afirma que
devemos “considerar os outros superiores a nós mesmos”. Você consegue
imaginar isto? Considerar os outros superiores a você? Quantas vezes não
temos nem mesmo a disposição de ouvir outras pessoas porque achamos que
sabemos mais do que a outra pessoa. Quantas vezes no relacionamento
conjugal nos julgamos superiores ao nosso cônjuge, ou muitas vezes até
mesmo os filhos se julgam superiores aos seus pais, avós. Quero fazer
alguns desafios a você: primeiro lugar estudar com sua classe de escola
bíblica, ou em família, os textos sobre dons na igreja, em Romanos,
Coríntios e Efésios. Segundo ao mesmo tempo responder se você hoje está
exercendo seus dons como expressão ministerial de serviço em humildade
ou como dominador. “o meu ministério”, a “minha igreja”, “eu sou, faço,
aconteço”, “se não fosse por mim esta igreja já teria fechado”, enfim,
expressões que revelam o desvio do propósito de Deus para sua vida.
Terceiro você tem experimentado a graça de Deus em sua vida? O apostolo
Paulo considerou tudo o que era importante para sociedade “esterco” e
reconheceu que a graça de Deus havia alcançado a vida dele. Quarto hoje
você se considera servo? Reconhece que se não fosse à graça de Deus você
não estaria ou chegaria onde está? Como você tem tratado os seus
familiares? As vezes tratamos os nossos familiares como as pessoas que
trabalham conosco, especialmente quando exercemos função de chefia. Como
se nossa família fossem nossos funcionários. Hoje você pode dizer: “Sou
o que sou” pela graça de Deus. Você reconhece que tudo o que você tem
não é pelos seus merecimentos ou competência? mas pela graça de Deus?
Lembre-se é fundamental em todas as áreas da vida é associar o poder de
Deus ao caráter de Cristo em todas as áreas da vida, em todas as ações
praticadas! É tempo de mudança de vida! Experimente o poder de Deus na
sua vida!
Link: http://www.revistalarcristao.com.br/pg_materia.php
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