Coluna de sustentação de um casamento: “companheirismo”
“Há um que é só, e não tem ninguém, nem tampouco filho nem irmão; e contudo não cessa do seu trabalho, e também seus olhos não se satisfazem com riqueza; nem diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto é vaidade e enfadonha ocupação.Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante.Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará?E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.”Ec 4:8-12
Companheirismo, eis aí, mais uma das colunas que mantêm um casamento por toda uma vida, regado a contentamento e satisfação.
Outro dia ouvi alguém falando sobre sua separação e a alegação era de que estava faltando três ingredientes no seu relacionamento: Respeito, desejo e alegria.Considerei sobre isso e acabei concordando que com tais ausências de fato as coisas não poderiam continuar mesmo.
Respeito fala de um tratamento honroso, de se ter o outro em alta conta, de cuidado com sua reputação e seus sentimentos; desejo fala do apelo sexual, da libido, dos encontros de prazer , e por fim, a alegria, que ao meu ver, aqui se refere a um bem estar relacional, quando a presença do outro é importante, quando se sente saudades na sua ausência, quando o outro faz falta, quando se anseia pelo reencontro, quando se ri atoa (até mesmo das piadas poucos engraçadas), e outras coisas gostosas parecidas com essas. Ele não estava falando de uma alegria no seu sentido genérico, mas sim , de um prazer que a existência do outro lhe trazia e que já não estava existindo mais.
A alegria de se pertencer um ao outro e o bom humor não podem faltar, pois, é isso que leva ao companheirismo. Não é fato de se estar casado, de se ter um documento em cartório que nos torna automaticamente companheiro um do outro, mas sim, o bem estar que a presença de alguém nos traz.
Eu me lembro de ter narrado na Apostila Casados em Cristo sobre o evento Rally dos Sertões, quando um piloto da prova foi entrevistado por um reporter de TV e este lhe perguntou se eles ganhariam a corrida, e ele lhe respondeu:
“A corrida não sei se ganharemos, mas o nosso casamento, certamente, vai ganhar.” Era um casal, ele piloto e ela na função de navegador, aquele que dá as coordenadas da prova.Percebia-se, nitidamente, que havia um alegria nos olhos do casal, um sorriso farto, uma paz que saia das suas almas e alançava os suas faces.A alegria no casamento não se refere a ausência de crises, de dificuldades, de embates, não, mas refere ao relacionamento propriamente dito. Costumo dizer para a Cleire, minha esposa, que as coisas podem estar virando no avesso, pode haver chuvas e trovoadas, a estrada da vida só ter subida, ser noite em pleno dia, mas tudo isso lá fora, no mundo exterior do nosso casamento, pois dentro das quatro paredes imaginárias do nosso relaciomento, faremos de tudo para que o caos da vida não entre. Lá fora o mundo pode estar caindo, nós nos empenharemos para estarmos em pé.O estresse ocasional e passageiro pode até roubar algumas alegrias nossa, mas não a alegria conjugal. Mas para isto é preciso decidir que assim será, e estar preparado para defender tal alegria, caso contrário, a coisa mais fácil será o casal começar a se agredir mutuamente e aí, ela se vai.
É preciso saber viver juntos e bem, tanto na festa quanto na guerra.É necessário desenvolver a capacidade de fazer com que o outro se sinta confortável na nossa presença. É importante que o outro saiba que você é alguém com quem ele pode contar sempre, e assim, dividir sonhos, confidências, cargas, responsabilidades, dúvidas, temores, dores e alegrias.
Você se lembra do que Elcana, marido de Ana lhe disse:
“Ana, por que você está chorando? Por que não come? Por que está triste? Será que eu não sou melhor para você do que dez filhos? “(ISm 1:8).
Ele estava certo com relação a ser melhor do que dez filhos. Ele só errou nessa colocação na medida que Ana não o tinha para si, mas dividia-o com uma amante, Penina.Ter filhos para Ana era ter o seu marido só para si, como seu companheiro de caminhada.
Quantas mulheres temos atendido que são mães de filhos, muitos filhos, mas que estão em profunda solidão dentro de casa, e o mesmo se dá com os maridos.Seria bom que entendessemos que a medida que o casal se afasta um do outro, eles, individualmente, se aproximam de outras pessoas, trazem outros para o convívio, de maneira a ocupar o espaço vazio, e isso é perigoso, na verdade, muito perigoso para o casamento.
Ser companheiro é ser zeloso com o outro. Outro dia, quando estava eu , esperando minha filha descer do ônibus que vinha da faculdade, por volta da meia noite, vi quando desceu também um casal de namorados, jovens ainda, porém, não crianças, alunos de curso superior. Fiquei olhando, eles se beijaram e ela atravessou a rua, entrou no páteo escuro da linha férrea, um antro de usuários de drogas e traficantes, lugar onde o estupro é uma possibilidade real, onde a vida de uma moça certamente fica na corda bamba, então pensei: “Ele é o namorado, mas não é o companheiro dela.” Ele tinha por dever natural e por amor, que atravessá-la naquele lugar, ou impedir que fizesse daquele atalho o seu caminho regular.
Sabe, o ser humano, pela sua condição de ser gregário, dependente de outro para estar bem, tem uma tremenda vontade de encontrar alguém para ser seu para sempre, para cuidar, proteger, para adotar. Então, se essa é a condição humana, é necessário aprender a andar juntos, a ser parceiro, amigo fiel, companheiro.A bíblia traz um ensino interessante para a vida do homem do campo da época , o Senhor determinou que não se deve colocar o jumento e o boi no mesmo jugo, ou canga, porque eles não são companheiros, são energias e vontades diferentes, não havera um caminhar “par i passu”, “ombro a ombro”, de modo que um irá prejudicar a desenvoltura do outro, quem sabe um será um peso para o outro, um verdadeiro descompasso.Então é mais ou menos assim também na vida conjugal, tem que haver afinidades,gostar de ficar juntos, fazer coisas em comum,há um sinergismo nisso, e apresenta um resultado melhor fazendo a dois, do que fazendo separadamente.
A vida a dois, decididamente é melhor e mais ajustada, com possibilidade de ser para sempre, quando se atenta para os princípios bíblicos, isso não sou eu a dizer, mas estudos é que mostram isso.E Deus nos ensinou assim: Depois o SENHOR disse: “Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade” (Gn 2:18-NVLH).Perceba que o companheirismo é uma exigência desde o início, ele vem antes da sexualidade, porque em algum momento o sexo não será mais tão importante assim, as energias sexuais vão se esvaindo, ao passo que o companheirismo tende a crescer.
Ser companheiro é abrir os ouvidos para ouvir, os olhos para ver e o coração para compreender. É partilhar sem dominar, é ceder quando é necessário, é dar chance para o outro crescer também, é encorajar para o bem. Ser companheiro é estar disposto e disponível sem deixar de ter vida própria. É repartir um pouco a indivídualidade e fazer dela uma mutualidade, é deixar o egoísmo e viver o altruísmo intenso porque aquele outro é especial.
Dito isto, resta nos, cada um, cuidar de ser o melhor amigo, o companheiro fiel, ser aquele com quem se pode contar hoje, amanhã, e sempre, aquele traz segurança para o cônjuge e experimentar assim, a graça de seer e ter uma companhia especial para partilhar a vida.
E também importante, seja digno de ser chamado “meu companheiro”.
Abraços. Pr Ismael e Pra. Cleire.
Companheirismo, eis aí, mais uma das colunas que mantêm um casamento por toda uma vida, regado a contentamento e satisfação.
Outro dia ouvi alguém falando sobre sua separação e a alegação era de que estava faltando três ingredientes no seu relacionamento: Respeito, desejo e alegria.Considerei sobre isso e acabei concordando que com tais ausências de fato as coisas não poderiam continuar mesmo.
Respeito fala de um tratamento honroso, de se ter o outro em alta conta, de cuidado com sua reputação e seus sentimentos; desejo fala do apelo sexual, da libido, dos encontros de prazer , e por fim, a alegria, que ao meu ver, aqui se refere a um bem estar relacional, quando a presença do outro é importante, quando se sente saudades na sua ausência, quando o outro faz falta, quando se anseia pelo reencontro, quando se ri atoa (até mesmo das piadas poucos engraçadas), e outras coisas gostosas parecidas com essas. Ele não estava falando de uma alegria no seu sentido genérico, mas sim , de um prazer que a existência do outro lhe trazia e que já não estava existindo mais.
A alegria de se pertencer um ao outro e o bom humor não podem faltar, pois, é isso que leva ao companheirismo. Não é fato de se estar casado, de se ter um documento em cartório que nos torna automaticamente companheiro um do outro, mas sim, o bem estar que a presença de alguém nos traz.
Eu me lembro de ter narrado na Apostila Casados em Cristo sobre o evento Rally dos Sertões, quando um piloto da prova foi entrevistado por um reporter de TV e este lhe perguntou se eles ganhariam a corrida, e ele lhe respondeu:
“A corrida não sei se ganharemos, mas o nosso casamento, certamente, vai ganhar.” Era um casal, ele piloto e ela na função de navegador, aquele que dá as coordenadas da prova.Percebia-se, nitidamente, que havia um alegria nos olhos do casal, um sorriso farto, uma paz que saia das suas almas e alançava os suas faces.A alegria no casamento não se refere a ausência de crises, de dificuldades, de embates, não, mas refere ao relacionamento propriamente dito. Costumo dizer para a Cleire, minha esposa, que as coisas podem estar virando no avesso, pode haver chuvas e trovoadas, a estrada da vida só ter subida, ser noite em pleno dia, mas tudo isso lá fora, no mundo exterior do nosso casamento, pois dentro das quatro paredes imaginárias do nosso relaciomento, faremos de tudo para que o caos da vida não entre. Lá fora o mundo pode estar caindo, nós nos empenharemos para estarmos em pé.O estresse ocasional e passageiro pode até roubar algumas alegrias nossa, mas não a alegria conjugal. Mas para isto é preciso decidir que assim será, e estar preparado para defender tal alegria, caso contrário, a coisa mais fácil será o casal começar a se agredir mutuamente e aí, ela se vai.
É preciso saber viver juntos e bem, tanto na festa quanto na guerra.É necessário desenvolver a capacidade de fazer com que o outro se sinta confortável na nossa presença. É importante que o outro saiba que você é alguém com quem ele pode contar sempre, e assim, dividir sonhos, confidências, cargas, responsabilidades, dúvidas, temores, dores e alegrias.
Você se lembra do que Elcana, marido de Ana lhe disse:
“Ana, por que você está chorando? Por que não come? Por que está triste? Será que eu não sou melhor para você do que dez filhos? “(ISm 1:8).
Ele estava certo com relação a ser melhor do que dez filhos. Ele só errou nessa colocação na medida que Ana não o tinha para si, mas dividia-o com uma amante, Penina.Ter filhos para Ana era ter o seu marido só para si, como seu companheiro de caminhada.
Quantas mulheres temos atendido que são mães de filhos, muitos filhos, mas que estão em profunda solidão dentro de casa, e o mesmo se dá com os maridos.Seria bom que entendessemos que a medida que o casal se afasta um do outro, eles, individualmente, se aproximam de outras pessoas, trazem outros para o convívio, de maneira a ocupar o espaço vazio, e isso é perigoso, na verdade, muito perigoso para o casamento.
Ser companheiro é ser zeloso com o outro. Outro dia, quando estava eu , esperando minha filha descer do ônibus que vinha da faculdade, por volta da meia noite, vi quando desceu também um casal de namorados, jovens ainda, porém, não crianças, alunos de curso superior. Fiquei olhando, eles se beijaram e ela atravessou a rua, entrou no páteo escuro da linha férrea, um antro de usuários de drogas e traficantes, lugar onde o estupro é uma possibilidade real, onde a vida de uma moça certamente fica na corda bamba, então pensei: “Ele é o namorado, mas não é o companheiro dela.” Ele tinha por dever natural e por amor, que atravessá-la naquele lugar, ou impedir que fizesse daquele atalho o seu caminho regular.
Sabe, o ser humano, pela sua condição de ser gregário, dependente de outro para estar bem, tem uma tremenda vontade de encontrar alguém para ser seu para sempre, para cuidar, proteger, para adotar. Então, se essa é a condição humana, é necessário aprender a andar juntos, a ser parceiro, amigo fiel, companheiro.A bíblia traz um ensino interessante para a vida do homem do campo da época , o Senhor determinou que não se deve colocar o jumento e o boi no mesmo jugo, ou canga, porque eles não são companheiros, são energias e vontades diferentes, não havera um caminhar “par i passu”, “ombro a ombro”, de modo que um irá prejudicar a desenvoltura do outro, quem sabe um será um peso para o outro, um verdadeiro descompasso.Então é mais ou menos assim também na vida conjugal, tem que haver afinidades,gostar de ficar juntos, fazer coisas em comum,há um sinergismo nisso, e apresenta um resultado melhor fazendo a dois, do que fazendo separadamente.
A vida a dois, decididamente é melhor e mais ajustada, com possibilidade de ser para sempre, quando se atenta para os princípios bíblicos, isso não sou eu a dizer, mas estudos é que mostram isso.E Deus nos ensinou assim: Depois o SENHOR disse: “Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade” (Gn 2:18-NVLH).Perceba que o companheirismo é uma exigência desde o início, ele vem antes da sexualidade, porque em algum momento o sexo não será mais tão importante assim, as energias sexuais vão se esvaindo, ao passo que o companheirismo tende a crescer.
Ser companheiro é abrir os ouvidos para ouvir, os olhos para ver e o coração para compreender. É partilhar sem dominar, é ceder quando é necessário, é dar chance para o outro crescer também, é encorajar para o bem. Ser companheiro é estar disposto e disponível sem deixar de ter vida própria. É repartir um pouco a indivídualidade e fazer dela uma mutualidade, é deixar o egoísmo e viver o altruísmo intenso porque aquele outro é especial.
Dito isto, resta nos, cada um, cuidar de ser o melhor amigo, o companheiro fiel, ser aquele com quem se pode contar hoje, amanhã, e sempre, aquele traz segurança para o cônjuge e experimentar assim, a graça de seer e ter uma companhia especial para partilhar a vida.
E também importante, seja digno de ser chamado “meu companheiro”.
Abraços. Pr Ismael e Pra. Cleire.
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